Suplicy e Dom Orani negam retirada de direitos sobre o Cristo de Igreja Católica
Situação foi denunciada por colunista, após episódio envolvendo censura em filme de José Padilha
A nota da ministra afirma que o único contato realizado com o arcebispo do Rio de Janeiro teria sido na primeira metade de julho e somente para saber informações sobre o andamento da situação envolvendo o uso da imagem do Cristo em um filme do cineasta José Padilha. Segundo a nota, Marta Suplicy teria garantido que estava tudo resolvido de acordo com o Cardeal e que a conversa se deu de forma amistosa.
Contudo, em seu artigo deste sábado, o colunista d’O Globo insistiu em sua versão alegando ter havido “um tremendo mal-entendido”, visto que “mentir é pecado”.
Direitos de imagem
A acusação teria acontecido após episódios envolvendo críticas ao poder de uma instituição religiosa sobre os direitos de imagem de um símbolo internacional do Rio de Janeiro. O diretor José Padilha teria questionado em julho deste ano no jornal Folha de São Paulo a autorização do governo em permitir a Igreja Católica controlar a imagem do Cristo Redentor – após a cúria do Rio de Janeiro ter censurado o episódio dirigido por Padilha para o filme “Rio, eu te amo”.
Contudo, em um comunicado emitido nos dia 21 de julho, os produtores do longa-metragem “Rio, eu te amo” foram avisados pela Arquidiocese do Rio de Janeiro sobre a decisão de voltar atrás e liberar o uso da imagem da estátua do Cristo Redentor no filme.
O segmento “Inútil paisagem”, dirigido por José Padilha, é um dos dez que compõem o longa-metragem “Rio, eu te amo”, derivado da franquia “Cities of love” que já abordou Paris e Nova York.